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COE repudia omissão do Santander em caso de racismo
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander repudia a omissão do banco espanhol Santander em mais um episódio de racismo na Espanha, no último domingo (21), sofrido pelo atacante Vinícius Júnior. Durante a partida entre Real Madrid e Valencia, criminosos torcedores do Valencia fizeram um coro com a palavra “macaco” para se referir ao atleta brasileiro.
Dez minutos depois o árbitro paralisou a partida, após os torcedores repetirem o gesto. O atacante brasileiro do Real Madrid começou a discutir com os torcedores do Valencia e chegou a apontar quem havia sido o autor das ofensas. Após uma confusão entre os jogadores, quem acabou expulso foi Vini Jr, a vítima do ato racista.
Neste segunda-feira (22), a COE encaminhou ao Santander uma carta de repúdio sobre a atitude do banco espanhol diante do caso. O Santander obtém 25% do seu lucro global na América Latina, destaca em suas campanhas publicitárias a promoção da diversidade e igualdade, mas, na prática, anunciou que manterá o patrocínio ao campeonato espanhol até o final da temporada.
De acordo com o balanço global do banco, somente em 2022, o Santander gastou o equivalente a cerca de R$ 3 bilhões, aumento de 9,6% em relação ao ano de 2021. O valor gasto em publicidade é significativo e requer responsabilidade na elegibilidade e critérios daquilo que vai financiar.
É fato que quem silencia em casos de violência, compactua com ela. Para combater o racismo é preciso ser antirracista. Por isso, o movimento sindical dos bancários reitera a importância de medidas efetivas para combater o crime de ódio, não basta uma mensagem com fins publicitários. E aguarda as punições adequadas a pessoas e entidades que cometem crimes de racismo e silenciam diante da violência.
Neste caso do jogador Vinícius Junior, trata-se de um pessoa pública, mas são muitos os casos de pessoas fora da mídia sofrem com o racismo e muitos não denunciam às autoridades. Fatos graves ficam sem punição.
O racismo estraga a magia e alegria no mundo do futebol. A discriminação racial no futebol é um grave retrocesso que precisa ser erradicado, para que a violência que atinge o esporte não fuja do controle. Infelizmente a discriminação racial tem sido frequente não só no mundo do futebol, mas também na sociedade como um todo. O ser humano precisa evoluir, e muito ainda.
“Racismo é crime e se faz necessário a identificação e punição dos envolvidos”, alerta Luiz Cassemiro, diretor executivo do SindBancários.
Fonte: SindBancários Porto Alegre e Região
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